o BloG dA pRofA











{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 33

Ao meu redor, giram letras, palavras, músicas e poemas. Não sei em que momento de minha curta vida comecei a ouvir cada palavra e a entender cada música. Apenas sei que foi a partir desse momento que minha vida mudou.

Eu queria ler tudo o que via pela frente, desde livros a placas de carro, afinal eu tinha descoberto um mundo novo. Eu ainda lembro das broncas que eu levava quando lia durante as viagens, minha mãe dizia que eu ia passar mal, mas depois de um tempo ela desistiu de me contrariar.

Minhas recordações nunca vão mudar, mesmo as palavras mudando, minha vida ao lado das palavras continuará, mesmo sabendo que elas não ligam para quem está lendo.

 



{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 32

O princípio das letras

No começo do ano da primeira série começamos aprender as letras. Muito difícil no começo! Aquele jogo de letras embaralhava minha cabeça.

Aos poucos fui descobrindo um mundo mágico da leitura com ela fui me aperfeiçoando cada vez mais nas redações e sempre querendo descobrir as coisas novas ao meu redor.



{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 31

Meus primeiros contatos com as letras foi quando minha mãe me ajudava com as tarefas de escola, quando eu comecei a sair de casa também. Via muros escritos, que então eu tentava copiar a forma das letras desenhando-as em um papel. Após alguns anos eu comecei a ler muitos livros e parei, porque acabei ficando sem interesse. Foi assim que eu tive a maioria dos meus contatos com as letras, a maior parte que eu me lembro da minha infância, pois a maioria das coisas que eu fazia eu acabava me esquecendo após alguns dias.



{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 30

O primeiro contato com as letras, que é o essencial para o homem é algo inexplicável para uma criança. pois são as experiências novas, das quais ela irá ter que aprender a lidar.

Épocas boas que não voltam mais, quem diria que eu ao crescer e ter descoberto aquelas letrinhas descobriria um pouquinho do que é o mundo, elas que eram tão difíceis de serem desenhadas, mas quando conseguia era uma alegria.

Momentos que não voltam mais.



{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 29

Lembro-me como se fosse ontem quando entrei chorando naquela pequena escola, quando olhei para dentro de uma daquelas salas, mais criancinhas como eu, chorando pedindo aos pais, foi naquele momento que me senti tranquilo, pois eu não era o único ali. Após alguns dias as professoras foram me mostrando risquinhos que se juntaram com outros risquinhos, que as professoras chamavam de letras e palavras, e essas letras vinham com musiquinhas e essas musiquinhas sempre seguiam uma ordem de letras que se chamava alfabeto, foi com o passar do tempo que comecei a ver essas letras de uma forma diferente, tão diferente que hoje não vivo mais sem meus risquinhos.

 



{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 28

 

Do passado para o presente, pois tudo que nós fazíamos sem responsabilidade sem a obrigação sem deveres não precisa ter horários, limites são poucos, apenas a diversão.

Um que nunca mais vai voltar se pudéssemos voltar para ter tudo de novo.

A escola era diversão aprender era um modo de se divertir na época, aprender a ler e a escrever era divertido.



{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 27

Não sabia que aos nove meses de idade eu saberia andar e aos 2 anos entrar na escola e aprender a língua portuguesa nunca gostei muito, mas agora eu vejo a importância disto aquelas palavras, tantas, regras e tantos nomes, mas as palavras fazem parte da minha vida.

O meu primeiro contato foi um desastre, eu escrevo muito mal, desde lá mas mesmo assim consigo e conseguia. Odeio escrever e sempre odiei, mas vou vivendo assim, não sou ninguém e todos serão ninguém na vida se não souberem escrever.



{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 26

A minha relação com as letras começou treze anos atrás quanto meus pais começaram a me ensinar até a hora de eu ir para a escola que fui me aperfeiçoando como escrever e a ler as palavras e as letras, para mim foi a melhor coisa do mundo que hoje tudo mexe com o estudo, mesmo que não mexesse foi muito bom começar a usar as letras de forma correta, mas há várias pessoas que tem oportunidade de aprender e não querem nem saber, mas eu estou aproveitando a minha oportunidade, quem sabe daqui cinco anos eu seja um arquiteto, estou lutando para isso acontecer.



{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 25

Desde os meus primeiros meses de vida estive em uma escola, mas só fui entender o porquê que eu ia todos os dias naquele lugar quando estava passando da primeira série pra a segunda, pois é nesse período que começamos a entender o que é aquelas tais letras que as “tias” tentam nos dizer que B com A fica BA e assim vai.

No começo, todos nós brincávamos com aqueles cubos que tem uma letra em cada lado, eu tentava formar tudo e qualquer coisa que passava pela cabeça, mas nunca saia nada até que um dia aprendi a escrever meu nome, escrevia várias vezes e  sempre perguntava para minha mãe se ela sabia o que tava escrito.



{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 24

Quando você ainda é pequena tem aquela vontade enorme de poder escrever ou ler e não consegue e começa a pegar seus primeiros livros de literatura infantil e uma folha de papel e nela você  tentava escrever o alfabeto, tentando juntar as letras para ver se uma palavra sairia no papel.

A primeira vez que comecei a tentar escrever, colocava letra daqui e letra dali, letras maiores que as outras, letras de ponta cabeça, e para mim é como se eu estivesse escrevendo um monte de coisas, enquanto no papel nada mais nada menos do que várias letrinhas rabiscadas. E depois como o maior orgulho mostrava para meus pais o quanto eu sabia fazer, e o quanto eu ficava feliz de saber que eu sabia o alfabeto.



{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 23

Até hoje me lembro de quando comecei a manipular essas pequenas coisas. Era algo tão estranho, e divertido ao mesmo tempo. Algo tão novo para mim foi, a timidez  com elas era algo inexplicável, algo tão estranho, e com tanta importância.

E agora? Parece que fazem parte de mim, estão em todo lugar. O mais divertido, era que, essas pequenas letras juntavam, fazendo algo extraordinário chamado palavras. Ficava, confuso, mal entendia as letras e agora existem as monstruosas palavras!

Bem, algo tão magnífico que agora são lembranças. Agora só resta usá-las, para que fim? Aprendemos para nos comunicar, algo que começou bobo, só que ficou complexo. Recordar como era divertido vê-las e não entendê-las, infelizmente, só aprendemos uma vez.



{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 22

Anos atrás foi como um bicho de sete cabeças para mim. Eu imaginava que jamais conseguiria, mas com isso eu aprendi que desperta a imaginação, sonhos e ainda mais vontade de conhecer mais e mais o mundo das letras.

 



{Novembro 13, 2010}   Memória Escrita 21

As letras despertam saudades nas pessoas, pois quando uma pessoa lembra do passado, ela sabe que não pode voltar e a única lembrança que tem de seus anos anteriores são as palavras.

Para uma pessoa lembrar do passado pode ser triste ou feliz, depende de suas lembranças, de suas crenças.

Para mim, o jogo de palavras traz lembranças de um tempo bom, onde não havia responsabilidades e nem cobranças. Uma época onde eu podia ser eu mesma sem me preocupar com o que as outras pessoas pensam. Uma época feliz.

 



{Novembro 11, 2010}   Memória Escrita 20

Na verdade acho que sempre tive mais contato com os números, mas lembro de todas as noites meu pai lendo algumas páginas de um livro para mim, que particularmente não sei da história até hoje. É alguma coisa com Capelo Gaivota; um livro de capa dura azul, com o título escrito em prata, não deve ser o tipo de livro que se lê para uma criança.

Lembro do primeiro livro que eu mesma li. Até hoje não sei pronunciar o nome, e também não lembro como se escreve. Mas é uma história conhecida, em que a filha paga uma dívida do pai, se casando com o rei. Por algum motivo, ela teria que transformar palha em ouro e assim se desvenda a história.

O que acho legal é que o primeiro livro que li sozinha quando criança fazia e faz muito mais sentido do que o que o meu pai lia perfeitamente e diariamente para mim.

 

Este é o filme que marcou uma geração e transformou o livro de Richard Bach num best-seller que vendeu 40 milhões de cópias e viajou por 70 países do mundo. Foi indicado ao Oscar® 1974 (Melhor Fotografia e Melhor Montagem) apresenta uma trilha sonora ganhadora do Grammy® e do Globo de Ouro®, do lendário Neil Diamond.



{Novembro 11, 2010}   Memória Escrita 19

Primeiro ABC

Na entrada da escola a mãe se despede da filha, o primeiro dia de aula da vida inteira, tão entusiasmada para ver a professora, os colegas e todas as novidades.

Quando a professora começa a falar das “tais” letras que tanto queria conhecer fica feliz, mas assustada por tanta coisa nova. Sentia que era tão difícil escrever a primeira letra, o nome inteiro nem se fale.

Hoje fica uma linda recordação da sua primeira letra, e uma grande saudade. O que “ontem” era difícil hoje é mais do que uma das coisas que ela mais usa, e não importa se é o português, matemática ou biologia, ela ainda usa o ABC.

 



{Novembro 11, 2010}   Memória Escrita 18

Tenho muita saudade de quando estava aprendendo a escrever, não me lembro em que série foi, eu não sabia escrever direito ainda e tive que fazer uma carta para minha mãe, a carta ficou bem feia, mas foi de coração, até hoje minha mãe tem ela, eu sempre escrevia, chegava em casa e ia escrever, até eu chegou um tempo, eu conheci o computador e parei de escrever.

Lá pela terceira série a professora começou com a ideia de fazer um teste para ver quem podia escrever de caneta e dali em diante e eu passei.

 



{Novembro 11, 2010}   Memória Escrita 17

Meus primeiros contatos com as letras um dia foram inesquecíveis, porém, hoje em dia nem consigo lembrar direito.

Talvez seja porque eu era muito criança, talvez porque eu tenho a memória ruim, não me lembro muito bem dessas imagens. Mas dos sentimentos… talvez eu lembre.

Eu aprendi a ler quando era bem novo, com a minha mãe, em casa. Era fantástico ver todas aquelas letras, algumas simplesmente redondinhas, ou então, o que era ainda mais fantástico, algumas belas iluminuras, que iniciavam cada bela história.

Com o tempo, um pouco de encantamento passa, mas as lembranças permanecem vivas.



{Novembro 11, 2010}   Memória Escrita 16

Letras são muito estranhas quando não sabemos o que são, as primeiras vezes que tive contato com as letras não entendia nada, ficava curioso para saber porque as pessoas ficavam olhando aquelas letras, era algo muito curioso. Até que entrei na escola e lá havia muitas letras e livros, por sorte, a professoras começou a explicar tudo. Quando cheguei em casa, peguei a revista que todos ficavam olhando e comecei a juntar os sons das letras e consegui ler minha primeira palavra. Aquilo foi um momento muito feliz que nunca vou esquecer, e agora entendo que aquelas letras estranhas eram na verdade algo muito importante que vão me ajudar muito na minha vida e no meu futuro.

 



{Novembro 11, 2010}   Memória Escrita 15

A primeira vez em que eu comecei a aprender sobre as letras foi no pré 1, em que eu estava aprendendo a escrever vendo os sons das letras, vendo como se escrevia cada letra e tentando muitas vezes criar frases, palavras que para mim eram meio trabalhosas. No pré as professoras não davam coisas pra gente ler e escrever, apenas para recortar e colar, enfim, pré 1 do que estou falando.

Mas mesmo sem muito incentivo, eu tinha curiosidade em aprender sobre as letras, ler, escrever, etc. Depois de um tempo, quando eu já estava na primeira série, (ensino fundamental) eu queria ler livros e lia mesmo, com vontade mesmo. Os livros de primeira série eram pequenos, mas para mim eram fascinantes as histórias, pois eram poucas as já lidas por mim e hoje eu gosto de ler, gosto muito, mas para que eu me interesse pelo livro ele deve ser muito bom.

 



{Novembro 11, 2010}   Memória Escrita 14

A primeira vez que eu tive contato com as letras foi quando eu estava aprendendo a ler e escrever. Claro que antes eu via algumas letras, mas não tinha noção do que estava escrito.

Para mim as letras são muito importantes, pois sem elas eu não iria ter um futuro, não iria chegar até onde estou hoje, não estaria pensando em faculdade. Eu seria uma analfabeta e meu futuro não teria nada de bom.

Pode até ser que depois de terminar meus estudos eu sinta saudades da escola, das letras que eu aprendi e me proporcionaram um futuro melhor. Vou passar tudo o que eu aprendi para os meus filhos, para os meus netos, que vai passando de geração em geração. E eu garanto que vão fazer tudo certo.

 



{Novembro 11, 2010}   Memória Escrita 13

Foi quando na infância, assistindo aos programas e propagandas de televisão onde passavam as letras, às vezes em algum anúncio, eu acredito que foi esse o primeiro contato com as letras, pois não me lembro de qual foi a primeira palavra que tenho falado.

Quando entrei em uma escolinha, foi a primeira vez em que pude ter um contato maior com a escrita, com as palavras, mas ainda não escrevia nem lia.

Como era boa a infância, onde você não se preocupava com provas, tarefas e etc; tarefas que hoje têm que ser cumpridas. Mas é muito bom relembrarmos daquele tempo mesmo que não possamos lembrar de tudo o que fizemos, mas às vezes até isso é bom, pois às vezes nos deixa tristes.



{Novembro 5, 2010}   Memória escrita

Você se lembra do seu primeiro contato com a escrita?

Alunas e alunos do 1ºEM escreveram sobre este momento. Alguns se lembram bem como foi, outros nem tanto, mas a tentativa de resgatar este momento nos proporcionou textos interessantes.

Confira e comente!

Nunca podemos recuperar totalmente o que foi esquecido. E talvez seja bom assim. O choque do resgate do passado seria tão destrutivo que, no exato momento, forçosamente deixaríamos de compreender nossa saudade. Mas é por isso que a compreendemos, e tanto melhor, quanto mais profundamente jaz em nós o esquecido. Tal como a palavra, que ainda há pouco se achava em nossos lábios, libertaria a língua para arroubos demostênicos, assim o esquecido nos parece pesado por causa de toda a vida vivida que nos reserva. Talvez o que o faça tão carregado e prenhe não seja outra coisa que o vestígio de hábitos perdidos, nos quais já não nos poderíamos encontrar. Talvez seja a mistura com a poeira de nossas moradas demolidas o segredo que o faz sobreviver. Seja como for – para cada pessoa há coisas que lhe despertam hábitos mais duradouros que todos os demais. Neles são formadas as aptidões que se tornam decisivas em sua existência. E, porque, no que me diz respeito, elas foram a leitura e a escrita, de todas as coisas com que me envolvi em meus primeiros anos de vida, nada desperta em mim mais saudades que o jogo das letras. Continha em pequenas plaquinhas as letras do alfabeto gótico, no qual pareciam mais joviais e femininas que os caracteres gráficos. Acomodavam-se elegantes no atril inclinado, cada qual perfeita, e ficavam ligadas umas às outras segundo a regra de sua ordem, ou seja, a palavra da qual faziam parte como irmãs. Admirava-me como tanta modéstia podia coexistir com tanta magnificência. Era um estado de graça. E minha mão direita que, obedientemente, se esforçava por obtê-lo, não conseguia. Tinha de permanecer do lado de fora tal como o porteiro que deve deixar passar os eleitos. Portanto, sua relação com as letras era cheia de renúncia. A saudade que em mim desperta o jogo das letras prova como foi parte integrante de minha infância. O que busco nele na verdade, é ela mesma: a infância por inteiro, tal qual a sabia manipular a mão que empurrava as letras no filete, onde se ordenavam como uma palavra. A mão pode ainda sonhar com essa manipulação, mas nunca mais poderá despertar para realizá-la de fato. Assim, posso sonhar como no passado aprendi a andar. Mas isso de nada adianta. Hoje sei andar; porém, nunca mais poderei tornar a aprendê-lo.

(BENJAMIN, Walter. RUA DE MÃO ÚNICA. São Paulo: Brasiliense, 1978.)

Nunca poderemos recuperar, resgatar verdadeiramente o passado… Cada vez que o visitamos é novo, somos novos. Podemos não nos dar conta, mas seguimos mudando, sempre. Senão não estaríamos aqui. Não restaria nada a fazer. O que  atravessamos a vida fazendo é BUSCAR, desejar, e este desejo nos obriga ao movimento, todo movimento carrega em si transformação. Escreva hoje sobre algo… deixe passar um tempo… volte a escrever… mais um tempo e faça este exercício de novo, talvez possamos ter as dimensões de tempo. O que fazemos na verdade é um acordo com o tempo…

Boa leitura e boa escrita!



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 25

Todos já tiveram infância, única e considerada a melhor parte da vida, sem dúvida a mais intensa e inocente, inocente por seus mínimos detalhes. Marcada muitas vezes por momentos bons, ruins, mas em cada adulto, com toda certeza existe um sabor, toda infância tem um sabor, uma comida que não importa quanto tempo passe, ao prová-la é evidente reviver toda a infância.

Em algumas pessoas, a lembrança de um sabor mais requintado, mais exótico, e até mesmo mais simples – mas isso não vem ao caso, não importa a questão social ou cultural que lhe fora proporcionada na infância – o sabor não muda, do mais rico ao mais pobre, o que difere é a intensidade que o sabor, o gostinho que te lembra a infância faz sobre você, fez sobre você, e sempre será o que faz viver, o que ensinou e o que faz crescer.

Prudence Emma Staite

Leia do início: https://cidagrecco.wordpress.com/2010/09/21/o-paladar-da-memoria/



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 24

Trago comigo uma boa recordação da minha infância, sendo ela a de uma babá que cuidava de mim, enquanto meus pais trabalhavam. Lembro-me muito bem das refeições, eu me sentava pertinho da babá, e comia com prazer a comida saborosa que ela preparava com prazer.

E se tem alguma coisa que sinto saudade hoje, são daquelas comidas saborosas que só ela sabia preparar.



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 23

Na infância não comemos o que gostamos, o que há de melhor, frutas e verduras, gostamos de “besteiras”, doces, guloseimas, salgadinhos, etc… Olhando um pouco para o passado, a memória do paladar nos faz encontrar o alimento, a comida que nunca pode faltar, e que sempre vamos recordar. Seria o popular arroz e feijão, aquele que sua avó faz com todo o carinho do mundo.

Domingos e datas especiais em que se comia mais carne, maionese da madrinha, com direito a bolos de sobremesa e tudo o mais.

Mas a memória nos faz encontrar comidas que hoje são mais modernas, entrega em casa, e também mais rápidas para digerir. Minha infância, posso dizer que foi “a infância”, pois ela me faz lembrar de minha relação com meus avós, com quem eu morava e do pão maravilhoso da minha avó.

Dieter Roth



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 22

Em dias de semana, comida mais simples: arroz, feijão, carne, alguma salada, em casa mesmo, somente com pai e mãe. Na maioria dos sábados, churrasco, e no domingo a família toda reunida, na casa dos avós.

Essa reunião acontecia, e acontece ainda também em festas como Natal, Ano Novo, Páscoa, onde as comidas são em maior quantidade e qualidade.



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 21

Comida e relações afetivas são coisas que se completam, por exemplo em um churrasco entre amigos. Como aconteceu há duas semanas. Eu e meus amigos fizemos um jogo com o nosso time e logo após a final da partida tivemos um churras de confraternização porque adversários só em campo, depois… muito bons amigos.

Nesse dia teve de tudo: risos, bebidas, mulheres, mas o mais importante foi reunir os amigos para conversar e rir um pouco, porque sem amigos do lado só seria uma refeição do dia a dia.



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 20

Sem dúvida, a comida cria uma certa nostalgia da infância. Quando eu era pequeno, minha mãe não estava em casa durante o dia, pois trabalhava o dia inteiro, só podendo vê-la nos sábados e domingos, ou à noite.

Por esse motivo, eu passava meus dias na casa da minha avó, a minha relação de neto e avó parecia mais de mãe e filho, pois ela cuidava de mim, e cuidava muito bem. Não me esqueci dos bolinhos de chuva, das rosquinhas, dos pirogues (pastéis poloneses) e do almoço bom.

Hoje, as coisas mudaram um pouco, pois agora minha mãe fica em casa, e o almoço não chega ao nível do da minha avó, mas também é bom.

Outra lembrança que eu tenho é que nos sábados e domingos eu comia com a família toda, e minha mãe ajudava minha avó a fazer uma feijoada. Sem brincadeira, não existe feijoada melhor que aquela. Saudades daqueles tempos.



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 19

Impossível não se lembrar da farta mesa de domingo, onde nos reuníamos em família, para degustar as delícias preparadas pela avó, que com toda a paciência se levantava cedo para preparar a comida e na hora do almoço se mantinha atenta a cada detalhe para ver se um ou outro estava bem servido. É possível de longe ver a felicidade e a satisfação de cada um a cada pedaço de carne posto na boca, a cada colherada no arroz e na salada, e é maior e mais visível a satisfação da avó, mãe ou qualquer outra pessoa que tenha preparado a refeição em ver todos unidos e satisfeitos e felizes pelo mesmo propósito.

Jim Victor



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 18

Em quase todas as noites de Natal, toda a família se reunia na casa do avô para a janta. A mesa ficava cheia, as opções de comida eram muitas, o principal prato era o peru, que ficava no centro da mesa. Todos conversavam, ao mesmo tempo em que saboreavam a comida. E para terminar vinha a sobremesa, e cada família trazia um prato diferente, e assim todos iam embora para suas casas satisfeitos.

James Parker



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 17

O céu da boca, realmente deixa a mente “balançando” de tantas memórias provindas do paladar. Encontros agradáveis com pessoas dignas, família, mas também experiências nada memoráveis, como uma discussão, uma briga na mesa na hora do almoço.

A comida deixa a cada dia seu gosto, ou até o seu desgosto, e nos faz recordar momentos de toda a vida, apenas ao pensar o quanto o paladar marca em uma vida, e realmente são muito fortes as inúmeras lembranças. É mágica a maneira como elas marcam, ficam.

Davin Risk



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 16

Na minha infância, tive vários encontros com a memória do paladar, que foi a comida em fartura, algo inexplicável, e não era só na minha família e sim todos os amigos. Pena que não é em toda família que ocorre fartura, mas na minha família as pessoas só começam a comer quando todos estiverem na mesa e onde come um, comem dez.




{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 15

O meu passado gastronômico não se diferencia muito do atual. Confesso que antes eu me entupia de doces e guloseimas que transbordam de conservantes, porém, o que eu comia e amava comer, não deixei e não pretendo deixar de comer tão cedo a não ser por motivo de enjôo, como já aconteceu várias vezes. Um exemplo disso é a pizza, os sabores que escolho hoje com certeza diferem muito dos que preferia, justamente porque pizza enjôa muito e eu troco de sabor como troco de roupa. Com excessão da pizza, todas as outras comidas que eu tinha preferência em minha infância, continuo tendo até hoje, porque eu me pergunto: Se é bom, porque devo deixar de comer?

Então continuo me alimentando com tudo o que eu gosto até os dias de hoje.



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 14

Quando degusto uma certa torta o meu paladar me refresca a memória das reuniões de família na casa da minha bisavó, aquela casa grande e antiga com aquela mesa enorme, todas aquelas pessoas falando muito alto, pela descendência italiana, todas aquelas mesmas tardes em que as mesmas pessoas traziam sempre, mas havia uma torta que era a preferida da família, aquela que em todas as reuniões estava presente e lembro-me também que, sempre após as refeições, eu brincava no enorme quintal da casa da minha bisavó.

Mike McCarey



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 13

Sempre quando somos crianças experimentamos diversos tipos de comida e a partir desse momento já percebemos o que nos agrada e o que não nos agrada. Quando eu era criança, meus pais contam que eu comia de tudo, muitas vezes tinham até que brigar para eu parar um pouco de comer, porém, tinha uma coisa que eu não gostava, que era sorvete. Não gostava da sensação gelada que ele transmitia.

Muitas vezes, seu paladar depende da sua família, de como eles te educaram para comer. Dificilmente você quando maior vai gostar de algo que sua família não te ensinou a comer quando pequeno, e também tem o caso de que se você vê seus familiares comendo, você vai querer experimentar, saber o que eles estão comendo, já se eles não comem não gostam, tem muita chance de você também não querer, pois associa que se eles não gostam, você também não vai gostar.

Song Dong



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 12

Lembro-me como se fosse ontem, quando todos nos sentávamos à mesa na hora do almoço, ou do jantar. Éramos em cinco, meu pai, minha mãe, eu e mais dois irmãos. Comíamos com gosto, conversávamos, todos tinham lugares marcados, se um roubasse o lugar do outro saia briga. Isso me lembra união e respeito, pois estávamos sempre juntos, e respeito porque um lugar, outro de outro e assim ia.

Era muito bom poder compartilhar as experiências do dia-a-dia com a família. Hoje isso realmente é só uma lembrança, os irmãos foram embora, casaram, já têm seus filhos, mas um deles ainda continua comendo em casa. Mas agora é diferente, tem mulher, filha e prefere ir embora antes de eu chegar. A minha mãe também come antes, e agora a mesa se resume a mim e meu pai.



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 11
Quando menino eu e meus pais sempre íamos a mesa todos juntos, enquanto todos não chegassem para comer, ninguém encostava nos talheres, esperávamos pacientemente, mesmo com fome e estômagos roncando.
Dava para saber exatamente a nossa situação financeira pelo que havia na mesa. Na época da fartura, eram carnes nobres, feijão, arroz, as mais variadas massas e sempre havia sobremesa. Já em outras épocas menos farta, tínhamos apenas um almoço de domingo, em que se caprichava na quantidade de comida, como se fosse almoço de um batalhão, mas só para três pessoas. Depois do almoço, minha mãe guardava em potes o que havia sobrado e essa comida seria consumida nos próximos três ou quatro dias.
Em tempos muito difíceis a mesa de minha avó sempre estava à disposição, sempre havia lugar para mais um prato.



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 10

Minha nona (vó) é italiana e na casa dela havia diversas variedades de comida. Fui criada comendo arroz, feijão e um tipo de carne e não misturava todos os tipos de comida. Tanto que quando fui almoçar na casa da minha outra nona e ela fez meu prato colocando polenta, arroz, feijão e junto com tudo isso, macarrão, falei que era comida de porco, tudo misturado.

E hoje penso que os restaurantes deveriam fazer apenas um tipo de comida, por exemplo, arroz e feijão ou até polenta com frango e não misturar tudo isso no buffet. Claro também que há o caso da pessoa escolher, mas acho que não tendo as pessoas se adaptariam a comer o que tem e assim não comeriam muito.



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 9

O que comemos, experimentamos quando ainda crianças, nunca mais nos esquecemos, do gosto, do paladar da comida. Algo de grande importância que vem ao lado da comida, é a mesa, a harmonia da família na hora da alimentação.

Na minha casa, minha família sempre se une para alimentar-se. E dos gostos de alimentos que comi quando pequena, nunca me esqueci, a famosa memória do paladar que fica para sempre na mente.

Saxton Freymann



{Setembro 24, 2010}   O paladar da memória 8

Desde meus primeiros momentos de vida, tive uma ótima alimentação. Minha família sempre foi de base matriarcal, e sempre foi dada à fartura dos alimentos. Batatas fritas, refrigerantes, e diversas guloseimas sempre eram presentes em meu dia-a-dia, e todo sábado era dia de risoto.

Minha mãe sempre trabalhou todos os dias da semana, folgando aos sábados e domingos. Sempre foram os únicos dias em que pude provar de sua comida. Nos demais dias a doméstica era quem pilotava o fogão.

Hoje em dia, pouco mudou. O risoto de minha mãe tem o mesmo sabor nostalgiante, e os finais de ano sempre são coroados com o majestoso pavê brigadeiro, que vem desde os tempos de meu irmão mais velho.

Robin Antar



et cetera